Apresentação
A Pastoral Escolar e Universitária é responsável pela implementação, desenvolvimento e sustentação da confessionalidade em toda a Educação Metodista. Sua principal tarefa é apoiar, incentivar e desenvolver a missão do Reino de Deus, numa perspectiva cristã e solidária, referendada pela vida e missão de Jesus Cristo, enfatizando os atos de piedade cristã e os atos de misericórdia.
Nesse sentido, a confessionalidade e a identidade metodista estão incorporadas na prática da sala de aula de nossas instituições e possibilitam a expressão e a vivência de atitudes pautadas em valores, emoções e sentimentos, dentro do universo do Reino de Deus. Dessa forma, é perceptível a nítida expressão desses valores que se atualizam, no tempo e no espaço, no intuito de colaborar para a construção da educação dos nossos alunos, preparando-os para enfrentarem seus conflitos, suas dúvidas e expressarem seus sentimentos, de maneira a serem confrontados com as instruções e propósitos da Palavra de Deus.
As principais atividades da Pastoral são:
Essas ações acontecem de forma criativa e construtiva, dando ênfase ao amor a Deus, ao próximo e à importância do cuidado com o meio ambiente, auxiliando na formação dos alunos a partir dos valores do Reino de Deus, bem como as Boas Novas do Evangelho de Jesus Cristo.
Para isso, são utilizados os documentos da Igreja Metodista (PVMI, Credo Social e Diretrizes para a Educação Metodista), a fim de ressaltar práticas relacionadas à formação de uma cidadania responsável.
A Pastoral acentua e diferencia a qualidade e responsabilidade das nossas instituições, especialmente quanto aos princípios cristãos e éticos, anunciados e vivenciados dentro e fora de sala de aula.
Metodismo
A Igreja Metodista teve seu início há mais de duzentos e sessenta anos, na Inglaterra. Era uma época em que a sociedade inglesa passava por rápidas transformações. Milhares de pessoas saíam da zona rural que era controlada por grandes proprietários, para procurar trabalho nas novas indústrias das cidades. Era um época em que o povo vivia na miséria trabalhando longas horas e só ganhando o mínimo necessário para sua sobrevivência. As pessoas moravam em cortiços, sem as mínimas condições e não tinham acesso a médicos quando ficavam doentes.
As crianças não iam à escola porque em geral trabalhavam para ajudar seus pais. Havia grande número de viciados, especialmente de alcoólicos. O povo estava frustrado e desiludido.
A Igreja Anglicana era a igreja principal da época. Mas, não se preocupava com o sofrimento do povo e estava acomodada na prática de cultos alienados. Havia outras igrejas pequenas e grupos religiosos promovendo a renovação, mas quase todas essas igrejas, se mantinham na piedade individual, sem qualquer compromisso com a sociedade. As igrejas tentavam salvar o indivíduo sem, entretanto, lutar por uma sociedade mais justa.
Neste contexto de sofrimento do povo e de igrejas alienadas, um jovem sacerdote chamado John Wesley teve sua vida radicalmente mudada através de uma experiência religiosa (24 de maio de 1738). Sentindo-se amado por Deus, e desafiado a criar um movimento para renovar a Igreja Anglicana ajudando as pessoas a conhecerem o amor de Deus e a trabalharem por um mundo melhor. Através de pequenos grupos, John Wesley organizou milhares de pessoas em equipes, procurando ser fiel a Deus através de uma vida santificada.
John Wesley sentia que ser apenas convertido não era suficiente. Para ser cristão verdadeiro, a pessoa precisava ter fé em Cristo, sentir o amor de Deus e por em prática essa fé. Por isso, desde o começo os Metodistas além de evangelizar, visitavam os presos, criavam escolas e desenvolviam obras sociais. Ser Metodista significava refletir o amor de Cristo em todas as dimensões da vida. O povo metodista do passado não limitava sua prática da fé com crenças, ou com projetos assistencialistas, mas também lutando contra a escravidão. Wesley entendia que tanto satanás como o pecado, vivia no coração das pessoas, e também nas estruturas sociais. Assim, a unidade da conversão individual e a transformação da sociedade sempre foram características da Igreja Metodista.
Para John Wesley não era correto, nem bíblico criar uma Igreja separada. Na sua visão, a divisão da família cristã não pertencia ao projeto de Deus. Por isso o movimento metodista sempre teve um grande interesse na unidade cristã. A Igreja Metodista começou como um movimento de renovação, sem qualquer pretensão de criar uma nova igreja. Só depois da morte de John Wesley é que surgiu a Igreja Metodista, quando já não havia mais possibilidade de continuar dentro da Igreja Anglicana.
Fonte: Momentos Decisivos do Metodismo
Prof. Duncan Alexander Reily – Imprensa Metodista
Ensino Religioso
O Ensino Religioso nas Instituições Metodistas é entendido como uma expressão da confessionalidade da nossa igreja, nossas marcas na tradição Wesleyana Metodista. No Colégio Metodista, o ensino religioso faz parte da grade de disciplina como todas as outras matérias.
Enquanto disciplina, não se reveste apenas de uma formalidade acadêmica fornecendo uma oportunidade de vivenciar situações discutidas em sala de aula. Mas também ensinar a importância da vivência destes valores no dia-a-dia. Preparar os (as) alunos (as) a enfrentar os desafios da vida bem como compreenderem melhor a si mesmo frente a nossa origem em Deus e a nossa vida em meio à sociedade em Deus. Não temos a intenção de fazer proselitismo ou de vincular os (as) alunos (as) a Igreja Metodista, queremos mais que isto. Queremos cultivar pessoas prontas para a vida, que possam contribuir positivamente neste mundo tão necessitado do amor de Deus.